Papo de amigas
- Olha amiga, diante da situação, é melhor furar a pustema.
- Será? Mas de que jeito?
- Uai, vai lá e fala.
- Falar o que se a pustema é emocional, puramente minha?
- Então fura em você.
- Já furei e encheu de novo.
- É porque não furou pra valer.
- Mas tem pustema que fica ali incomodando, fazendo a gente refletir. Vai ver a minha é assim.
- Então não reclama de estar confusa.
- Amiga, todo mundo tem situação mal resolvida, difícil estar 100%. Tem pustema para todo lado. Pustema de relacionamento, como furar? Tem dia que tá bom, outro ruim. Digamos que a pustema de relacionamento flutue. Pustema de passado... mesmo esquecido e perdoado, tem hora que volta. E na profissão? Bota pustema nisso! Mas se a gente gosta vai tocando, com pustema e tudo.
- Mas você então não quer mudar nem resolver nada.
- Quero sim, tô só desabafando.
- Então tente resolver uma a uma.
- Olha, acho que nem sempre as pustemas devam ser furadas ou revistas. Talvez melhor mesmo seja se reinventar a partir delas. Porque a gente muda com elas. Mesmo sem furar. Digamos que as dúvidas, dores e decepções façam parte da gente.
- Se não quer furar a pustema, vai ficar sempre sem saber. Não terá resposta de como seria se resolvesse aquilo e de que forma sua vida prosseguiria.
- Sinceramente, não quero furar pustema porque me repenso com elas.
- Então você é um monte de pustema.
- Vai ver somos.
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